Como os pais podem lidar com a situação?
A diabetes é uma doença alarmante, segundo dados da Organização Mundial da Saúde aproximadamente 170 milhões de pessoas sofrem da doença, no Brasil, o número chega a aproximadamente 10 milhões, acredita-se que até 2015 os números mundiais poderão chegar a 300 milhões de pessoas. O mais preocupante em torno da diabetes é que metade das pessoas participantes desses números grandiosos desconhece que tem o problema.
Esse mal pode acometer pessoas em qualquer faixa etária e tem sido comum cada vez mais casos de crianças com a doença.
Quando a criança sofre deste mal, os pais podem ficar atentos a alguns sinais que podem surgir: aumento da sede, excesso de urina e até mesmo perda de peso. A qualquer sinal de anormalidade, é fundamental procurar aompanhamento médico para devido diagnóstico e tratamento.
É comum que a insulina seja receitada em casos pediátricos e que cuidados com a alimentação sejam estipulados. Quando o problema surge na infância não costuma ser fácil para a criança e nem mesmo para os pais, é fundamental que ambos participem para o sucesso do tratamento.
As crianças diabéticas devem passar frequentemente por avaliações médicas para que seja mensurado o desenvolvimento no que tange ao peso e à altura.
A frequente monitorização do índice glicêmico e os cuidados com a dieta representam os maiores desafios para a criança, que terá de adotar novos hábitos, e para os pais, para lidar com as dificuldades diárias, principalmente no que se refere à relutância da criança com a dieta e tratamento.
A criança precisa ser informada de maneira sensível sobre o problema, é importante traduzir para o universo dela o porquê das mudanças que precisam ocorrer.
Em alguns casos é importante que um tratamento psicológico seja realizado a fim de dar à criança o suporte necessário para enfrentar a situação. O paciente deve ter contato com outras crianças com o mesmo problema, pois é importante que compartilhem suas experiências dentro de uma mesma visão de mundo.
A maior dificuldade para os pais é disseminar a importância da participação da criança no próprio tratamento, afinal, ela deverá prosseguir pelo resto da vida com os cuidados com a própria saúde. A maior dificuldade está até mesmo em questões culturais, as crianças em sua maioria não estão acostumadas a cuidarem de si mesmas, há um responsável, e os pais estão por instinto condicionados à proteger seus filhos, quando a doença é diagnosticada, a criança precisa aprender a cuidar de si mesma, a pensar na própria saúde, a lembrar da importância do tratamento e os pais devem participar desse processo implantando no filho a realidade de cuidar da própria saúde e de que ao longo da vida dependerá dele os cuidados para manter a doença sob controle.
É difícil conviver com a situação na infância, talvez mais que em qualquer outra faixa etária, o importante é cultivar a paciência e disciplina na criança sem que ela se sinta sufocada ou superprotegida, mas que se sinta preparada para cuidar de si mesma ao longo da vida.