A necessidade das velhas brincadeiras na infância

30/9/2014        

Nada de eletrônicos, estimule as brincadeiras manuais

Em mundo que reverencia tanto a tecnologia, em que crianças pequenas já manuseiam com maestria aparelhos eletrônicos, alguns valores essenciais têm se perdido na infância. As velhas brincadeiras que eram tão comuns e que proporcionam ainda hoje lembranças mágicas a tantos adultos têm se perdido no universo infantil.
 
A participação dos pais é fundamental para que esse hábito essencial seja resgatado. Brincar com carrinhos, de boneca, de super-herói, de princesa, de comidinha, de professora, entre tantas outras brincadeiras, são essenciais. 
 
Há inúmeros brinquedos educativos disponíveis que auxiliam ainda mais no desenvolvimento cognitivo da criança, assim é possível além de ser divertir, ter a saúde beneficiada.
 
A criança até os quatro meses de idade está na fase da descoberta, uma fase denominada de sensório-motora, que se prolonga até os dois anos de vida. A criança nesse período é influenciada pelos sentidos, por sons, cores, é comum que utilizem as mãozinhas e que tentem emitir sons com a boca para se expressar, é uma fase muito especial, é muito comum que a criança dê gargalhadas sozinha, é um momento em que ela está se divertindo em um mundo particular.  Brinquedos que emitem sons são indicados; móbiles são excelentes estimulantes visuais para os bebês.
 
Quando a criança tem quatro meses de vida até aproximadamente seis meses, é natural que crie o hábito de atirar objetos no chão. Isso porque para a criança é uma experiência nova colocar objetos para se movimentarem. São indicados cubos, brinquedos que permitam que a criança mude-os de lugar, que permitam que ela interaja.
 
Dos seis meses até aproximadamente dez meses de vida, a criança já consegue discernir melhor formas e sons, os brinquedos mais indicados são aqueles que permitem que as peças encaixem nos lugares indicados. Há brinquedos que emitem sons a cada tentativa de encaixe, são uma excelente opção para essa fase.
 
Com oito meses, o interesse por bonecos e ursos de pelúcia se torna maior. A criança começa a se identificar com esquemas corporais. 
 
Dos dez meses a um ano de vida, a criança já começa a engatinhar e está descobrindo as possibilidades do próprio corpo, natural que queira imitar o movimento dos pais e de pessoas próximas, nessa fase é interessante que conheça desenhos animados, principalmente musicais, não só por meio da televisão, mas apenas a música é importante para estimular a criança. 
 
Depois de um tempo, dos três aos quatro anos, é a hora que as mãe e pais enlouquecem (risos), a criança quer fazer sujeira, quer brincar com massinha, com areia, é o momento do estímulo à criatividade, vale ter em casa muitas massinhas coloridas, tinta gache, giz de cera e muitas folhas de sulfite.
 
A partir dos cinco anos surge a fase das fantasias e a criança começa no processo de construção da própria identidade. 
 
Dos seis aos oito anos, ainda na fase de muitas descobertas, surge obviamente o desejo por aparelhos eletrônicos, até bem antes dessa fase. É importante que os pais estimulem seus filhos a brincar com os amigos, a se divertir em grupo, a interagir socialmente com outras crianças. 
 
Brincar é fundamental, crianças precisam viver a infância como são, crianças. 
 



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