Aprenda a enxergar soluções diante dos problemas

16/5/2016        


Coach ensina a “pensar fora da caixa” e encontrar oportunidades 


Olhar além de um problema é um exercício pouco executado no dia a dia. Por mais que busquemos uma solução, o nervosismo, a ansiedade e muitos conceitos antigos nos impedem de solucionar ou até mesmo adquirir um novo olhar sobre a situação vivida. Para ajudar no exercício do “pensar fora da caixa” o coach Huáras Duarte ministra palestras sobre a forma como lidamos com as dificuldades e como o olhar e a imaginação podem solucionar os grandes impasses que sofremos. 
 
Seria possível, como diz o profissional, nos tornarmos senhores do próprio destino? Para Huáras o crescimento se dá apenas quando estamos em constante transformação e evolução do pensamento. O coach explica que o primeiro passo para solucionar um problema é ter a consciência de que ele é interno, habita dentro de cada um e não um fator externo com o qual o senso comum nos faz pensar e crer. 
 
Cita como exemplo uma situação:
 
“Existe a história de dois vendedores de uma fábrica de sapato que são enviados para África para vender os calçados. Depois de um tempo liga o primeiro vendedor e diz o seguinte:
 —Olha, o pessoal aqui não adianta, porque ninguém usa sapatos. 
Então tudo bem, ele foi embora. Dias depois mais tarde o segundo vendedor liga para a fábrica todo entusiasmado e fala: 
—Gente manda toda a produção, porque ninguém usa sapato, aqui!”.  
 
A partir do exemplo citado o orientador alerta sobre a visão totalmente oposta de enxergar a mesma situação. Enquanto o primeiro vendedor vislumbra apenas as dificuldades de oferecer o produto para um público que não é habituado a usar os sapatos, o segundo lojista viu na situação uma grande oportunidade, pois não existiria outras empresas para competir com o grupo, sem contar que a ideia de sapatos seria uma novidade para a população Africana. 
 
Mas e no dia a dia, como lidamos com as situações? Será que paramos para pensar sempre em ambos os lados de uma mesma moeda? Ou o foco está mirando as dificuldades? De acordo com o palestrante a forma de pensar é a causa dos principais problemas vividos, ou seja, se o modo que pensamos gera o problema, logo não irá trazer a solução de que precisamos no momento. O palestrante explica que a mente racional procura respostas baseadas em referências passadas e tenta resolver a situação presente com base no que já ocorreu e que é conhecido.


“Em certas situações isso pode funcionar, mas devemos nos preparar para a instabilidade e mudanças que ocorrem. As dificuldades já não são as mesmas, a partir dessa consciência devemos procurar novas soluções”, orienta. 

 
Como pensar fora da caixa?
 
Para sair do pensamento comum e começar a praticar a visão ampla das situações o coach sugere entrar em um novo espaço mental e não ficar preso às soluções antigas e situações acometidas no passado, principalmente se na atualidade não apresenta resolução. 
“É necessário acessar uma capacidade que todos nós possuímos, mas devido às várias situações, como condicionamento, estilo de vida, entre outros, ela adormece: a capacidade de IMAGINAR, de usar a imaginação com coragem, sem amarras ou prisões em estruturas antigas”, argumenta. 
 
 As crianças são exemplos de criatividade e desprendimento
 
No momento das brincadeiras tudo é possível no universo infantil, obviamente, a vida adulta ela é cheia de responsabilidades e assuntos sérios que envolvem também a vida de outras pessoas. Usar características do mundo infantil não irá tornar o indivíduo adulto bobo ou fora de si, pois a criatividade, a intuição e a capacidade de pensar além, é um fator importante no mundo das crianças, pode ser praticado para resolver problemas no dia a dia. 

 

 

“É preciso ser capaz de sair dos quadros atuais, ou seja, dos pensamentos antigos que são geralmente limitadores e começar a imaginar todos os tipos de novas possibilidades e permitir que venham até a imaginação”, conclui o coach. 

 
Ao invés de pensar no que implica o problema, que tal focar nas oportunidades que a situação e não o (problema) pode trazer para o momento. Quando acaba a luz as crianças brincam de esconde-esconde, contam histórias e acham o máximo ver as velas acesas. Enquanto os adultos reclamam, porque são adultos demais, possuem responsabilidades demais e mesmo assim, a luz não retorna diante desse pensamento negativo, pois terá o próprio tempo. Enquanto isso há duas sugestões: reclamar ou se divertir. Ver o problema ou ver uma oportunidade que antes não existia, pois nunca havia pensando em apagar a luz para brincar. Na vida, as situações não são tão diferentes. 

Huáras Duarte, Coach e especialista em Programação Neolinguística (PNL).
Participou no CONAPNL-Congresso Nacional de Programação Neurolinguística 2016. 



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